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quarta-feira, 28 de março de 2012

HOMENAGEM A MILLÔR FERNANDES


O Brasil ficou mais pobre intelectualmente, morreu ontem (27/03) no Rio de Janeiro, aos 87 anos, o multimídia Millôr Fernandes. Assista  aos vídeos e conheça um pouco mais este homem extraordinário.









Biografia

Milton Viola Fernandes (Rio de Janeiro RJ 19231- Idem 2012). Autor e tradutor. De humor singular, humanista e moderno, com visão cética do mundo, Millôr Fernandes é uma figura de proa no panorama cultural brasileiro: jornalista, escritor, artista plástico, humorista, pensador, destaca-se em todas essas atividades. No teatro, empreende uma transformação no campo da tradução, tal a quantidade e a diversidade de peças que traduz e a pessoalidade com que o faz. Escreve, com Flávio Rangel, Liberdade, Liberdade, uma das peças pioneiras do teatro de resistência à ditadura militar, encenada em 1965.
Quando estréia em teatro, já é nacionalmente conhecido por meio da coluna humorística semanal em O Cruzeiro, assinada com o pseudônimo Vão Gogo. Suas primeiras peças são ainda imaturas: Uma Mulher em Três Atos, levada no Teatro das Segundas-Feiras do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), paulista em 1953, filia-se à tradição de fantasiosa comédia do cotidiano carioca, então cristalizada por Silveira Sampaio; Do Tamanho de um Defunto e Bonito como um Deus, no Teatro de Bolso do Rio em 1955, se inscrevem no mesmo gênero e apresentam traços semelhantes aos do texto de estréia; A Gaivota, explora o terreno do drama lírico.
Seu primeiro sucesso de público é Pigmaleoa. Escrita em 1955, mas só montada em 1962 pelo Teatro do Rio, com direção de Adolfo Celi, aborda humoristicamente o cotidiano de Copacabana. Bem maior, porém, é o êxito de Um Elefante no Caos, montada pelo Teatro da Praça, no Rio de Janeiro, em 1960, com premiada direção de João Bethencourt, e em São Paulo, em 1961, com direção de Egídio Eccio. Em torno de uma situação de puro teatro do absurdo - um incêndio que consome um imóvel durante seis meses, porque na hora em que os bombeiros quase conseguem apagá-lo falta água para terminar o trabalho -, Millôr compõe um hino de amor ao irresponsável jeito carioca de viver. Flávia, Cabeça, Tronco e Membros, escrita em 1963, foi durante muito tempo considerada pelo autor como a obra de maior peso e alcance.
A realidade instalada no Brasil a partir do golpe de 1964 dá um novo rumo ao teatro de Millôr Fernandes: defensor do livre arbítrio, ele se torna, desde o início, um ferino questionador do esquema repressor que domina o país. O primeiro fruto desta atitude é Liberdade, Liberdade. Escrita com Flávio Rangel, que dirige o espetáculo montado no Grupo Opinião em 1965, está entre as obras pioneiras do teatro de resistência. Os autores conseguem obter uma coerente estrutura dramatúrgica com pequenos textos da literatura universal dedicados ao tema da liberdade, costurados com canções sobre o mesmo assunto, e com corrosivas piadas de Millôr e Rangel, aproximando as tomadas de posição de autores de outros tempos e países, da situação brasileira de 1965. Embora bastante questionado na época, por ser mais um show do que propriamente uma peça de teatro, Liberdade, Liberdade revela-se uma iniciativa seminal, que influencia fortemente a dramaturgia da década. O espetáculo faz enorme sucesso no Rio de Janeiro e em longa turnê pelo país, tendo tido desde então muitas novas montagens no Brasil e no exterior. Na mesma linha de coletânea, Millôr volta a alcançar sucesso com O Homem do Princípio ao Fim, com direção de Fernando Torres, 1966. A seleção de textos tem como denominador comum o ser humano diante de si mesmo e do universo, e é valorizada pela notável interpretação de Fernanda Montenegro. Computa, Computador, Computa, 1972, é uma compilação de anedotas e piadas da qual se desprende a visão do mundo de um humorista amargo e rebelde, também com Fernanda em cena. Voltando à estrutura dramatúrgica convencional, já sem a fórmula da coletânea, Millôr cria É..., 1977, a sua comédia mais amadurecida e bem construída, na qual retrata criticamente as repercussões da recente revolução de costumes na vida dos casais de meia-idade representativos da intelectualidade progressista. O espetáculo dirigido por Paulo José, com outro ótimo desempenho de Fernanda Montenegro, faz uma carreira recorde de três anos, entre Rio de Janeiro, São Paulo e visitas a outras capitais. Em 1980, outra obra de Millôr, mais polêmica e ousada, alcança êxito: em Os Órfãos de Jânio ele se inspira na fórmula dramatúrgica criada pelo americano Robert Patrick para Os Filhos de Kennedy, reunindo num bar personagens marcados, cada um a seu modo, pela evolução da sociedade brasileira nos últimos vinte anos, que monologam sobre as suas trajetórias e destinos, compondo um dramático, contundente e polêmico miniuniverso da realidade nacional.
Outra vertente significativa da criação teatral de Millôr Fernandes é o seu trabalho como tradutor, certamente o melhor e mais importante que o nosso teatro já teve; e também o mais prolífico, a ponto de ter transformado essa atividade num quase monopólio pessoal, no setor da produção teatral. O acervo de muitas dezenas de traduções, que vai do clássico - Rei Lear, de William Shakespeare - ao moderno - As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Fassbinder, passando pelo musical - Chorus Line, de James Kirkwood e Nicholas Dante. Revela virtuosismo verbal e criatividade no ato de tornar autênticas e teatrais, no vernáculo, as falas criadas a partir de outras tradições e convenções idiomáticas. Às vezes ele interfere na escrita original, tornando-se quase um recriador; outras vezes, a sua tradução opta por um caminho mais discreto.
Ao apreciar sua contribuição ao teatro brasileiro, o crítico Yan Michalski observa que todas as atividades que Millôr Fernandes realiza têm "... uma matéria-prima comum de coerência, feita de um humanismo que paira por cima de todas as ideologias, e que se mostra cético quanto à capacidade do ser humano de superar a mediocridade da sua condição, mas ao mesmo tempo aposta na sua grandeza intrínseca, e se dispõe a lutar pelos seus direitos à preservação dessa grandeza. Seu teatro, plenamente coerente com essa visão do mundo, talvez não seja, isoladamente, o elemento que mais se destaque nesse espantoso conjunto de talentos, não obstante a autêntica revolução que ele operou no terreno da tradução. Mas sem a sua contribuição ao teatro, atividade por excelência integradora de todas as artes, a polivalência desse artista completo perderia muito da sua admirável abrangência".2
Notas
1 Millôr Fernandes nasce em 16 de agosto de 1923, contudo é registrado em 27 de maio de 1924. Por isso, em diversos lugares, o ano de nascimento aparece como 1924.
2. MICHALSKI, Yan. Millôr Fernandes. In: ___________. PEQUENA Enciclopédia do Teatro Brasileiro Contemporâneo. Material inédito, elaborado em projeto para o CNPq. Rio de Janeiro, 1989.

TRANSCRITO: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=807

HOMENAGEM A ADEMILDE FONSECA





Homenagem do CORES E NOMES à diva do chorinho brasileiro,  a potiguar Ademilde Fonseca, falecida ontem, 27 de março aos 91 anos, no Rio de Janeiro.




   

DADOS DO VÍDEO:


Ademilde Fonseca e Waldir Azevedo se apresentando no programa "Sambão" da TV Record - SP apresentado por Elizeth Cardoso ao vivo no Teatro Record. Ademilde e Waldir são acompanhados pelo Regional do Caçulinha. O programa foi ao ar entre 1973 e 1974.

Pout-Pourri de Choros:

Brasileirinho (Música: Waldir Azevedo - Letra: Pereira da Costa)
Doce melodia (Música: Abel Ferreira - Letra: Luis Antônio)
Apanhei-te cavaquinho (Música: Ernesto Nazareth - Letra: Darci de Oliveira)
Tico-tico no fubá (Música: Zequinha de Abreu - Letra: Eurico Barreiros)
Dinorah (Música: Benedito Lacerda - Letra: José Ferreira Ramos)
Urubu malandro (Música: Louro - Letra: João de Barro)

Discografia
  • 1942 - Tico-Tico no Fubá/Volte pro morro - Columbia
  • 1942 - Altiva América/Racionamento - Columbia
  • 1942 - Apanhei-te cavaquinho/Urubu malandro - Columbia
  • 1944 - Brinque a vontade!…/Os narigudos - Continental
  • 1944 - Dinorá/É de amargar - Continental
  • 1945 - O que vier eu traço/Xem-em-ém - Continental
  • 1945 - Rato, rato/História difícil - Continental
  • 1946 - Estava quase adormecendo/Sonoroso - Continental
  • 1948 - Vou me acabar/Sonhando - Continental
  • 1950 - João Paulino/Adeus, vou-me embora - Continental
  • 1950 - Brasileirinho/Teco-teco - Continental
  • 1950 - Molengo/Derrubando violões - Todamérica
  • 1950 - Vão me condenar/Não acredito - Todamérica
  • 1951 - Delicado/Arrasta-pé - Todamérica
  • 1951 - Galo garnizé/Pedacinhos do céu - Todamérica
  • 1951 - Meu senhor/Minha frigideira - Todamérica
  • 1952 - Só você/Baião em Cuba - Todamérica
  • 1952 - Gato, gato/Doce melodia - Todamérica
  • 1952 - Sentenciado/Liberdade - Todamérica
  • 1953 - Vaidoso/Turista - Todamérica
  • 1953 - Meu Cariri/Se amar é bom - Todamérica
  • 1953 - Papel queimado/Sapatinhos - Todamérica
  • 1953 - Uma casa brasileira/Se Deus quiser - Todamérica
  • 1954 - Pinicadinho/Tem 20 centavos aí? - Todamérica
  • 1954 - Qué pr'ocê?/Mar sereno - Todamérica
  • 1954 - Dono de ninguém/Neste passo - Todamérica
  • 1954 - A hora é essa/Amei demais - Todamérica
  • 1955 - Rio antigo/Saliente - Todamérica
  • 1955 - Saudades do rio/Dó-ré-mi-fá - Todamérica
  • 1955 - Polichinelo/Na vara do trombone - Odeon
  • 1956 - Xote do Totó/Acariciando - Odeon
  • 1956 - A situação/Procurando você - Odeon
  • 1957 - Teia de aranha/Té amanhã - Odeon
  • 1957 - Falsa impressão/Telhado de vidro - Odeon
  • 1958 - Eu vou na onda - Odeon
  • 1958 - Rainha do mar/Cortina do meu lar - Odeon
  • 1958 - À La Miranda - Odeon LP
  • 1959 - Na Baixa do Sapateiro/Io (Eu) - Odeon
  • 1959 - Voz + Ritmo = Ademilde Fonseca - Philips
  • 1960 - Tá vendo só/Indiferença - Philips
  • 1960 - Choros Famosos - Philips
  • 1961 - De apito na boca/É o que ela quer - Philips
  • 1961 - Boato/Que falem de mim - Philips
  • 1962 - Pé de meia/Quem resolve é a mulher - Philips
  • 1963 - Marcha do pinica/"Tô" de bobeira - Marcobira
  • 1964 - Esquece de mim/Carnaval na lua - Serenata
  • 1975 - Ademilde Fonseca - Top Tape
  • 1976 - Série Ídolos MPB Nº 14 Ademilde Fonseca
  • 1977 - A Rainha Ademilde & seus chorões maravilhosos - MIS/Copacabana
  • 1997 - A Rainha do Choro
  • 1998 - Ademilde Fonseca - Vol. 2
  • 2000 - As Eternas Cantoras do Rádio - Carmélia Alves, Violeta Cavalcanti, Ademilde Fonseca e Ellen de Lima - Leblon Recors
  • 2000 - A Música Brasileira deste século por seus autores e intérpretes - Ademilde Fonseca
  • 2000 - Vê se gostas - Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Ademilde Fonseca
  • 2000 - Chorinhos e Chorões - Vol. 2
  • 2000 - Ademilde Fonseca - 20 Selecionadas
  • 2001 - Café Brasil Conjunto Época de Ouro, Paulinho da Viola, Ademilde Fonseca e outros - Teldec

GERALDO CARVALHO, ROMILDO SOARES E PEDRO MENDES NO PIUM.

ROMILDO SOARES
PEDRO MENDES E GERALDO CARVALHO





















BANDA:

RICARDO BAYA - GUITARRA
SÉRGIO MENDONÇA - BAIXO
DARIAN MARLEY - BATERIA
OSWIN LOHSS - TECLADO

SERVIÇO:

SHOW: UM TOQUE A+QIMPERFEITO, LINDA BABY!
QUANDO: 30/03 (SEXTA-FEIRA)
ONDE: CREP 1 (entradado Pium, sentido Natal/Pirangi Praia, em frente à Vila Feliz)
QUANTO:  R$ 10,00

(FOTOS: VALDECI DE OLIVEIRA)

terça-feira, 27 de março de 2012

INAUGURAÇÃO DO MUSEU NÍSIA FLORESTA


HOMENAGEM AO DIA MUNDIAL DO TEATRO

Hoje, 27 de março, comemora-se o Dia Mundial Teatro. A data foi criada em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro, ligado a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Abaixo uma homenagem do Cores e Nomes ao TEATRO, com o lindo curta-metragem, “Zé’s”, de Piu Gomes.




FICHA TÉCNICA

Gênero: Documentário
Diretor: Piu Gomes
Elenco: Eliana Carneiro, Zé Celso, Zé Perdiz
Duração: 15 min     Ano: 2010     Bitola: 35mm
País: Brasil     Local de Produção: RJ
Cor: Colorido
Sinopse: Uma coincidência cósmico-semântica. Zé, Teatro, Oficina. Zé Celso Martinez Corrêa, diretor do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, de São Paulo. Zé Perdiz, mecânico de Brasília cuja oficina se transforma em teatro. Vidas paralelas. Encontro cinematográfico.


PRÊMIOS

Melhor Curta - Júri Popular no Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe em 2010
Melhor Documentário no Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe em 2010
Melhor Documentário no Festival de Brasília em 2010
Melhor Som no Curta Canoa em 2010
Menção Honrosa no Cine PE em 2010
Prêmio Aquisição Porta Curtas no Curta-se - Festival Luso-Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe em 2010


(VÍDEO DISPONIBILIZADO PELO "PORTA CURTAS - PETROBRAS")

segunda-feira, 26 de março de 2012

III TRIBUTO AO VINIL - UMA GRANDE FESTA



Ontem (25/03) rolou em São José de Mipibu/RN o III TRIBUTO AO VINIL. O evento reuniu várias gerações para curtir o velho “bolachão”. Foi uma tarde de descontração, alegria, amizade e muito som. O evento que começou por volta das 12h e se estendeu até o anoitecer contou com um número bastante expressivo de participantes de Mipibu e de outras cidades circunvizinhas, como: Natal, Parnamirim e Nísia Floresta. Uma grande festa.

FOTOS DA FESTA:

 










 





































































 
(FOTOS: VALDECI DE OLIVEIRA)
 

MÚSICA POPULAR POTIGUAR COM CLEUDO FREIRE

  



Nesta quarta-feira, 28 de março, estréia às 19:30 no Auditório da Livraria Siciliano (Midway Mall), em Natal, a edição de 2012 do projeto cultural Diálogos Criativos. O primeiro encontro deste ano, com entrada franca, inaugurará o ciclo temático MPP - Música Popular Potiguar que explorará épocas, estilos e autores da música norte-riograndense contando com a participação dos próprios músicos homenageados. O primeiro convidado é o cantor e compositor Cleudo Freire, um dos maiores nomes da música norte-riograndense, que compartilhará com o público sua trajetória artística e seu legado na música potiguar intercalando a conversa com interpretações ao vivo de clássicos de sua autoria.

(ENVIADO POR DIÁLOGOS CRIATIVOS)