Pages

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ANIVERSÁRIO DE MONTEIRO LOBATO


“Um país se faz com homens e livros”
Monteiro Lobato

Em 18 de abril de 1882 nascia na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, José Bento Monteiro Lobato ou simplesmente, Monteiro Lobato. Maior escritor da literatura infanto-juvenil, Lobato foi um dos precursores deste gênero no Brasil.

Todos conhecemos ou já ouvimos falar de Narizinho, Pedrinho, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Anastácia e tantas outras personagens que povoaram o imaginário de inúmeras crianças e adolescentes.  
Livros como Reinações de Narizinho, História de Tia Anastácia, O Pica-pau Amarelo e muitos outros fizeram parte da minha infância e me propiciaram o gosto pela leitura. Viajar naquele mundo de imaginação, sonhos e fantasias foi maravilhoso.
Hoje, também, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil em homenagem ao nascimento deste magnífico contador de histórias.

Biografia
Escritor, romancista e jornalista brasileiro, nasceu em Taubaté, São Paulo no dia 18 de abril de 1882, e faleceu na capital de São Paulo em 4 de julho de 1948. Seus primeiros estudos foram feitos em Taubaté, transferiu-se para São Paulo matriculando-se na Faculdade de Direito pela qual bacharelou-se em 1904.

Tendo anteriormente estudado no Instituto de Ciências e Letras de Sâo Paulo. Exerceu o cargo de Promotor Público em Areias; deixando a promotoria, estabeleceu-se como fazendeiro em Buquira. Nessa época começou a publicar os seus primeiros contos no jornal “O Estado de São Paulo”. Seu livro “Urupês” foi publicado em 1918. Nesse livro está o personagem de sua criação: O Jeca Tatu. Fundou a Editora “Monteiro Lobato”, fracassando nesse empreendimento, o escritor passou a dedicar-se à literatura infantil, podendo ser considerado o criador desse gênero no Brasil.

Como adido comercial viaja para os Estados Unidos da América do Norte, onde a prosperidade industrial do petróleo e do ferro despertou-lhe grande entusiasmo. Regressando ao Brasil em 1932, escreveu o livro “América” contendo suas impressões. Entusiasmado com o progresso industrial Norte-Americano, inicia uma campanha conscienciosa dos produtos de aço e petróleo brasileiro. Em virtude dessa polêmica, esteve preso temporariamente. Pelo muito que fez a nossa literatura, consagrou-se-lhe o “Dia do Livro”. Sua obra compreende 30 volumes, sendo 13 de assuntos gerais e 17 de literatura infantil. Lobato conseguiu criar um mundo novo, repleto de personagens, especialmente na literatura infantil, simpáticos, que se tornam amigos da criança por toda a vida. Criou tipos que tornaram célebres como D. Benta e Pedrinho. De sua grande obra, os mais conhecidos são: “Urupês”, “A Barca de Gleyre”. “Caçadas de Pedrinho”, “Emília no País da Gramática” “Geografia de Dona Benta”, “O Saci” e “Viagem ao “Céu”. Seu nome completo é José Bento Monteiro Lobato.


ALGUMAS FRASES DE MONTEIRO LOBATO
"Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar."
(Carta a Godofredo Rangel, Rio de Janeiro, 7/5/1926)
"As fábulas em português (...) são pequenas moitas de amora do mato, espinhentas e impenetráveis. Um fabulário nosso, com bichos daqui em vez dos exóticos, se feito com arte e talento, dará coisa preciosa."
(Carta a Godofredo Rangel, Fazenda, 8/9/1916)
"Há dois modos de escrever. Um, é escrever com a idéia de não desagradar ou chocar ninguém (...) Outro modo é dizer desassombradamente o que pensa, dê onde der, haja o que houver - cadeia, forca, exílio."
(Carta a João Palma Neto, São Paulo, 24/1/1948)
"O certo em literatura é escrever com o mínimo possível de literatura. (...) a mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me."
(Carta a Godofredo Rangel, São Paulo, 1/2/1943)


Lobato concede a Murilo Antunes Alves, da Rádio Record, sua última entrevista, em 1948. Dois dias após o bate-papo, o escritor vem a falecer, vitimado por um derrame.





Nenhum comentário:

Postar um comentário