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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

TEATRO: SIMPLESMENTE EU, CLARICE LISPECTOR


 SINOPSE 
 
Joana, uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora, sua identificação foi inevitável. "Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia.", confessa Beth. Depois de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na escrita de Clarice. Entre elas, está Ana, do conto "Amor", que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos.

Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir o amor. Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor. Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto "Perdoando Deus", se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres, que, para Beth, "representam algumas facetas da própria Clarice", foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Em “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, espetáculo que teve estreia nacional em julho de 2009 em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil, a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: "Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas". Na peça, Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, loucura, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já, "aquele momento único, que é como um flash, um insight", explica a atriz. Para o monólogo, que ela também dirige, passou dois anos mergulhada em longa pesquisa. A narrativa se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor. "Ela falava sobre o amor maternal, o do relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público." Para a atriz, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo. "Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena."

A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora. "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por esses personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz."

O ESPETÁCULO 
 O espetáculo mostra a trajetória desta mulher em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições. Uma autora e seus personagens dialogando sobre a vida e morte, criação, Deus, cotidiano, palavra, silêncio, solidão, entrega, inspiração, aceitação e entendimento. O texto é extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice e trechos das obras: "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres" e os contos "Amor" e "Perdoando Deus".


Valores dos Ingressos:
Frisas: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
Balcão Nobre: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
Plateia B: R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)
Plateia A: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Camarotes: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)



TRANSCRITO: WWW.TEATRORIACHUELO.COM.BR


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