Pages

quinta-feira, 24 de março de 2011

FUNDO DO BAÚ – ITAMAR ASSUMPÇÃO


Hoje no Fundo do Baú trazemos o “multi” Itamar Assumpção (1949-2003). O cara era cantor, compositor, arranjador e instrumentista. Artista irreverente, o paulistano Itamar não é muito conhecido pelo chamado grande público, o que é uma pena.
Enquanto tento escrever essas poucas linhas, ouço seu primeiro disco, “Beleléu, leléu e eu”, lançado em 1980 e lembro-me que o vi tocar somente uma vez, infelizmente. Ele era sensacional!
Itamar fez parte do movimento chamado “Vanguarda Paulista” na década de 1970/1980, do qual fizeram parte, também, Arrigo Barnabé, o Grupo Rumo, o Premê (Premeditando o Breque), entre outros.

Seus trabalhos eram independentes ou produzidos por pequenas gravadoras, somente um disco (Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava...) foi produzido por uma gravadora de renome, a Continental, em 1988.

É difícil tentar enquadrar a música de Assumpção, aquela coisa de, se é rock, se é reggae, se é samba ou se é funk. Ele misturou vários ritmos e criou um som peculiar maravilhoso, com letras satíricas, recheadas de crítica social.

Enfim, o Nego Dito, bem dito, Itamar era genial.

BIOGRAFIA
Itamar Assumpção (Francisco José Itamar de Assumpção), compositor, cantor, arranjador e instrumentista, nasceu em Tietê SP (13/9/1949) e faleceu em São Paulo SP (12/06/2003). Lançou-se com sua banda Isca de Polícia em 1979, participando do Festival Feira da Vila (no bairro paulistano de Vila Madalena) com Nego Dito, de sua autoria.

Consagrou-se em shows no Teatro Lira Paulistana, misturando Reggae, Samba, Rock e Funk, com letras de crítica e sátira social. Evitando perseguir o sucesso fácil e imediato, tornou-se conhecido como “artista maldito”, rótulo que sempre recusou.

Seus três primeiros LPs, todos independentes (Beleléu leléu eu, 1980; Às Próprias Custas S.A., 1983; Sampa Midnight, 1986), foram relançados em CD pela Baratos Afins em 1994. Seu único LP produzido por uma grande gravadora é da Continental, intitulado “Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava...”, de 1988.

Em 1994 lançou a série Bicho de sete cabeças (três LPs também na forma de dois CDs), acompanhado pela banda Orquídeas do Brasil. Em 1995 lançou um CD com músicas de Ataulfo Alves que foi premiado como melhor do ano pela APCA.

Entre composições suas que fizeram sucesso com outros intérpretes estão Nego Dito, com o sambista Branca de Neve, e Já deu pra sentir, com
Cássia Eller. Produziu o primeiro LP da cantora Fortuna (Só, 1987) e o LP Amme, de Alzira Espíndola (1991). Desfez a banda Isca de Polícia em 1991, mas voltou a se apresentar com seus integrantes em 1996-1997.

Desde a década de 1980 tinha público fiel na Alemanha, onde se apresentava regularmente. Faleceu vítima de câncer, em 12 de junho de 2003.
Texto: Elizabeth Nogueira da Silva

 DISCOGRAFIA


BELELÉU, LELÉU, EU
Lira Paulistana
1980


ÀS PRÓPRIAS CUSTAS S.A.
Lira Paulistana
1983



SAMPA MIDNIGHT - ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM
Independente
1986



INTERCONTINENTAL! QUEM DIRIA! ERA SÓ O QUE FALTAVA!!!
Continental
1988


BICHO DE 7 CABEÇAS – VOL. 1
Baratos Afins
1993


BICHO DE 7 CABEÇAS – VOL. 2
Baratos Afins
1994


PRA SEMPRE AGORA
Ataulfo Alves por Itamar Assumpção
Paradoxx Music
1996

PRETOBRÁS
Atração Fonográfica
1998


ISSO VAI DAR REPERCUSSÃO
Itamar Assumpção e Naná Vasconcelos
Elo Music
2004


FOTOS




VÍDEOS







ÁUDIO

Nenhum comentário:

Postar um comentário