Já está rolando nos cinemas do Brasil à fora, o documentário Jards Macalé: Um Morcego na Porta Principal, um artista controverso, tido como “maldito”, denominação, que nos anos de 1970 significava um artista com um trabalho difícil, complexo, hermético, enfim para poucos. Eram considerados também “malditos”, Tom Zé, Jorge Mautner, Walter Franco, Luis Melodia e outros que não me vem á memória agora. O próprio Macalé, não gosta dessa denominação.
Jards Macalé é cantor, compositor, violonista, arranjador e ator, carioca da Tijuca, nasceu em 03/03/1943. Polêmico, irreverente, Macalé sempre foi e é um artista injustiçado pela mídia, afeita a artistas mais comportados e palatáveis.
Macalé já foi gravado por cantoras de renome como, Gal Costa ("Hotel das Estrelas", "Vapor Barato"), Maria Bethânia ("Anjo Exterminador" e "Movimento dos Barcos") e Clara Nunes ("O Mais-Que-Perfeito"). Músicos mais jovens, também reconheceram seu talento regravando, por exemplo, "Gotham City" (Camisa de Vênus) e "Vapor Barato" (Rappa).
Tive o privilégio de assistir a várias apresentações dele no Rio, e, uma em particular, me foi marcante. Foi em 1973 ou 74, na Quinta da Boa Vista, o lançamento do álbum duplo “Banquete dos Mendigos” comemorando o 25º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse disco foi gravado ao vivo e teve a participação de vários artistas. O disco foi censurado logo depois do lançamento e somente anos depois, liberado. A capa do disco também foi uma polêmica , veja porque:
Vamos ficar torcendo para que o filme chegue à Natal.
Jards Macalé: Um Morcego na Porta Principal
Sinopse: Joga uma luz sobre a trajetória nada linear de Jards Macalé, artista contestador e personagem controverso da cultura brasileira das últimas quatro décadas. Autor de "Vapor barato", "Movimento dos barcos"; parceiro principal de Waly Salomão; violonista e arranjador de Gal Costa e Caetano Veloso; ator e autor de trilhas de Nelson Pereira dos Santos; amigo pessoal de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Mas antes de tudo o "maldito" que sonha em ver a palavra amor na bandeira do Brasil.
Direção: Marco Abujamra, João PimentelRoteiro: João Pimentel, Marco Abujamra
Gênero: Documentário
Origem: Brasil
Duração: 71 minutos
Tipo: Longa-metragem
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