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domingo, 14 de novembro de 2010

HOMENAGEM A TEREZINHA DE JESUS NO “LÁ NA CARIOCA”

A cantora potiguar Terezinha de Jesus foi homenageada, sábado (13), no bar e restaurante “Lá na Carioca” com um show da cantora Edja Alves, que foi acompanhada pelo exímio violonista Alexandre.

Terezinha recebeu das mãos de Biba Thompson, dona do bar, uma placa comemorativa. Estava presente, entre outros, o artista Falves Silva, companheiro de Terezinha. Foi uma bonita festa.

Tive o prazer de ver e ouvir Terezinha de Jesus nos palcos cariocas nos idos dos anos de 1970/1980. Dona de uma bela voz e um rosto maravilhoso, Terezinha encantou o Rio.
Vejam fotos do evento:

EDJA ALVES E ALEXANDRE

AS DEPENDÊNCIAS DO BAR

EDJA E ALEXANDRE

TEREZINHA DE JESUS E BIBA THOMPSON

TEREZINHA COM A PLACA COMEMORATIVA


DADA, (IRMÃ DE TEREZINHA), TEREZINHA, VALDECI E FALVES SILVA 

(FOTOS VALDECI DE OLIVEIRA, COM EXCESSÃO DA ÚLTIMA, DE EURÍDICE ARMAN)



UM POUCO DA HISTÓRIA DE TEREZINHA DE JESUS



TEREZINHA NOS ANOS DE 1970

Em 1970, já residindo em Natal, participou do espetáculo “Explo70”, realizado no Sesc da Cidade Alta, passando a realizar apresentações regulares na cidade. Participou de festivais de música popular nordestina, em Natal, Recife e Salvador, com destaque para o primeiro lugar obtido com a interpretação de “Quero talvez uma nega” (Ivanildo Cortez e Napoleão Veras).

Ainda no Rio Grande do Norte, integrou, juntamente com Mirabô, Márcio Tarcino e Expedito, entre outros artistas, o Grupo Opção, com o qual apresentou-se pelo Nordeste e seguiu para o Rio de Janeiro. Nesta cidade, abandonou, por sugestão do compositor Abel Silva, o nome artístico com o qual atuava até então: Tiazinha. Ingressou no cenário carioca como vocalista em shows e gravações de vários artistas, como Tim Maia, Trio Esperança, Golden Boys e Quarteto em Cy.

Em 1978, recebeu destaque como voz feminina, ao lado de Amelinha, na “Revista de Música”. Nesse mesmo ano, lançou seu primeiro disco, um compacto lançado pela Funarte, dentro do “Projeto Vitrine”, registrando as canções “Vento Nordeste” (Sueli Costa e Abel Silva), “Cigano” (Raimundo Fagner), “Não posso crer” (Mirabô e Capinam) e “Fulo da Fuloresta” (João Silva e Geraldo Nunes).

No ano seguinte, lançou o LP “Vento Nordeste”, contendo “Maresia” e a canção-título, ambas de Sueli Costa e Abel Silva, “Cigano (Raimundo Fagner), “Curare” (Bororó), “Aves daninhas” (Lupicínio Rodrigues), “Fogo fátuo” (Moraes Moreira e Chacal), “Foi-se o tempo” (Petrúcio Maia e Fausto Nilo), “Coração imprudente” (Paulinho da Viola), “Não posso crer (Mentira)” (Mirabô e Capinam), “Na direção do dia” (Juka Filho, José Renato e Claudio Nucci), “Fulô da Maravilha” (Luis bandeira) e “Fulô da Fuloresta” (João Silva e Geraldo Nunes). O disco contou com a participação de Dominguinhos (nas faixas “Fulô da Maravilha” e “Aves daninhas”), Paulinho da Viola (em “Coração imprudente”) e o grupo Cantares (na faixa “Na direção do dia”), além de textos de contra-capa assinados por Carlos Capinam e Abel Silva. Também em 1979, participou do “Projeto Pixinguinha”, dividindo o palco com Moraes Moreira e Djavan, em espetáculos realizados em algumas capitais do Sudeste e do Nordeste do país.

Em 1980, gravou o LP “Caso de amor”, mais uma vez sob a direção de produção de Ivair Vila Real. No repertório, as canções “Tua sedução” (Moraes Moreira e Fausto Nilo), “Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “Acalanto” (Mirabô e Capinam), “Cidade submersa” (Paulinho da Viola), “Agradecido” (Manduka), “Alegria e a dor (Tesouro da Juventude)” (Sueli Costa e Abel Silva), “Pra ficar me esperando” (Beto Fae e Paulo Roberto Barros), “Retrato da vida” (Elton Medeiros), “Vida, vida” (Anísio Silva), “Dança” ( Renato Alt e Luis Sérgio dos Santos), “Asas” (Fagner e Abel Silva) e a faixa-título (Wilson Cachaça e Ronaldo Santos).

No ano seguinte, lançou o LP “Pra incendiar seu coração”, contendo as canções “Amizade” (Beto Marques), “Quando chega o verão” (Dominguinhos e Abel Silva), “Flor do xaxado” (Mirabô e Capinam), “Amar quem eu já amei” (João do Vale e Libório), “Prece ao vento” (Gilvan Chaves, Alcyr Pires Vermelho e Fernando Luiz), que contou com a participação de sua irmã Odaíres, “Coração cigano” (José Renato e Juka Filho), “Por esse amor” (Ronald Pinheiro e Robertinho de Recife), “Couraça” (Adler São Luiz), “Eu vi o mar virar sertão” (Sivuca e Cacaso), “Xote menina” (Robertinho de Recife e Fausto Nilo) e “Rio coração” (Luis Sérgio), além da faixa-título (Moraes Moreira e Patinhas), que viria a ser considerada seu maior sucesso. O disco foi produzido por Sivuca, que dividiu os vocais com a cantora em “Eu vi o mar virar sertão”. Também em 1981, apresentou-se com Biafra, no Rio de Janeiro, e Elza Maria, em Recife, pelo “Projeto Seis e Meia. Ainda em 1881, participou de mais uma edição do “Projeto Pixinguinha”, dessa vez ao lado de Carlos José e do grupo Viva Voz, apresentando-se em cidades da região Sul do Brasil. O show foi escrito e dirigido por Ricardo Cravo Albin.


Em 1982, gravou o LP “Sotaque”, registrando “Dom divino” (Jurandy da Feira), “Mares potiguares” ( Mirabô e Capinam), “Atrás do Circo Voador” (Aroldo, Levi e Abel Silva), “Fervendo de amor” (Ronald Pinheiro e Papa Kid), “Nova ilusão” (Pedro Caetano e Claudionor Cruz), “Cidade de conde” (Afonso Gadelha e Glorinha Gadelha), “Éramos dois” (Dominguinhos e Mariah Costa Penna), “Papo de anjo, baba de Moça” (Mú e Guilherme Arantes). “Deslumbrante moço” (Theresa Tinoco). “Homenagem a São João (Pout-Pourri): ‘São João na roça’ (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), ‘Brincadeira na fogueira’ (Antônio Barros) e ‘Olha pr’o céu’ (Luiz Gonzaga e José Fernandes)”, “Evocação nº 1 (Nelson Ferreira) e a canção-título (Sivuca e Ana Terra). O disco, também produzido por Sivuca, contou com a participação especial do tecladista Mu, então integrante do grupo A Cor do Som, na faixa “Papo de anjo, baba de moça”). Também aqui, Sivuca foi responsável pela produção. Ainda nesse ano, gravou no disco “Notícias do Brasil”, do Quinteto Violado, interpretando com o grupo a faixa ““Canto livre” (Fernando Filizola). Nesse mesmo ano, voltou a participar do “Projeto Pixinguinha”, ao lado de Rosinha de Valença, e apresentou-se na sala Sidney Miller da Funarte (RJ), com Thereza Tinoco.

Lançou, em 1983, o LP “Frágil força”, produzido por Luiz Carlos Maluly. No repertório, as canções “Odalisca em flor” (Moraes Moreira e Waly Salomão), “Hora adora” (Beti Niemeyer), “De mansinho” (Enoch Domingos e Jotagê Campanholi), “Baú de brinquedos” (Abel Silva e Nonato Luiz), “Vento Leste” (Paulo Debétio e Waldir Luz), “A paixão” (Mirabô e Capinam), “Bumerangue” (Moraes Moreira e Abel Silva), “Beijo na bochecha” (Moacir Albuquerque e Tavinho Paes), “Linda flor (Yayá)” (Henrique Vogeler, Marques Porto e Luiz Peixoto) e a faixa-título (Luiz Melodia e Ricardo Augusto), além de “Mar azul”, parceria da cantora com Chico Guedes e Babal. Também nesse ano, dividiu o palco do Teatro João Caetano (RJ) com compositor João do Vale.

Não tendo renovado seu contrato com a CBS após o lançamento do LP “Frágil força”, a cantora ficou durante longo período afastada dos estúdios.

Em 1988, apresentou-se com Marinês e Severo no Rio de Janeiro.

No ano de 1994, a cantora voltou a residir em Natal, onde, por duas vezes, apresentou-se no Teatro Alberto Maranhão, dentro da programação do “Projeto Seis e Meia”: com Belchior, em 1996, e com Dominguinhos, no ano seguinte.

Ainda em 1997, teve algumas faixas de seus discos compiladas e lançadas, pela gravadora Sony, no CD coletânea “20 Super Sucessos – Terezinha de Jesus”.

Em 2003, apresentou, para o público de Natal, os cantores e compositores Tunai e Dalto, também dentro da programação do “Projeto Seis e Meia”. Nesse mesmo ano, foi contemplada com o Prêmio Hangar, pelo conjunto de sua obra.

Nota: Este verbete foi produzido a partir de informações recolhidas por Magno Cirqueira Córdova em sua pesquisa para o mestrado em História Cultural da UnB, generosamente cedidas ao Instituto Cultural Cravo Albin.

TRANSCRITO: http://www.dicionariompb.com.br/terezinha-de-jesus/dados-artisticos










CAPA DO LP "SOTAQUE"













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