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sábado, 20 de novembro de 2010

II FLIPIPA - SEGUNDO DIA

O segundo dia do FLIPIPA foi marcado pelas palestras dos mestres, Tarcísio Gurgel (RN) e Frederico Pernambucano (PE). Entre essas palestras houve um gostoso e esclarecedor papo com o escritor e roteirista Marçal Aquino.

Na primeira mesa da noite, o mestre Tarcísio Gurgel, mediado pela poeta e escritora Nivaldete Ferreira, discorreu sobre o escritor, poeta , historiador, contista e romancista Antônio José de Melo Souza, conhecido pelo pseudônimo de Polycarpo Feitosa, e o seu mais famoso livro “Gizinha” (1930). Na sua explanação, Gurgel, conduziu-nos em uma saborosa viagem pelo romance tendo com pano de fundo a Natal de 1927, perplexa diante da modernidade que se “achegava” revestida de traços da Belle Époque parisiense.

No segundo momento, o escritor e roteirista Marçal Aquino (SP) e o professor universitário e escritor Pablo Capistrano (RN) conversaram sobre os prós e os contras de se fazer cinema e televisão no Brasil. Marçal é roteirista de “Ação entre amigos” “Os matadores”, “O Invasor”, “O cheiro do ralo” e “Cabeça a prêmio” para o cinema, assim como “Força Tarefa” para a televisão. Num papo bastante informal, discutiu-se, entre outros assuntos, o cinema autoral, aquele em que o diretor era preponderante para a escolha do filme a que se iria assistir, tempo de diretores famosos como Fellini, Bergman, Buñuel e outros tantos. Comentou-se também as facilidades de se produzir um roteiro televisivo, já que o poder econômico das TV’s em geral, principalmente a Globo, disponibiliza os meios necessários para produções bem sucedidas.

No terceiro encontro tivemos as participações do historiador e escritor Frederico Pernambucano de Mello e o professor e pesquisador do cangaceirismo Honório de Medeiros, que foram mediados pela escritora Clotildes Tavares. A conversa girou em torno, basicamente, do livro “Estrela de couro: A estética do cangaço”, de Frederico Pernambucano, lançado recentemente, e que aborda o universo estético, comportamental e mitológico, focalizando seu mais ilustre protagonista, Lampião. Os palestrantes discorreram sobre a simbologia de detalhes das indumentárias, assim como, sobre a relação entre os cangaceiros e os poderosos da época.

Enfim, tivemos uma noite que oscilou entre o didatismo dos mestres Tarcísio Gurgel e Frederico Pernambucano e a perspicácia de Marçal Aquino.

Eurídice Armán e Valdeci de Oliveira

NIVALDETE FERREIRA E TARCÍSIO GURGEL
 
TARCÍSIO GURGEL

PABLO CAPISTRANO E MARÇAL AQUINO


MARÇAL AQUINO


FREDERICO PERNAMBUCANO, CLOTILDE TAVARES E HONÓRIO MEDEIROS
 
FREDERICO PERNAMBUCANO
 
HONÓRIO MEDEIROS
 
(FOTOS VALDECI DE OLIVEIRA)








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